terça-feira, 25 de junho de 2013

Discurso de abertura




DISCURSO DE ABERTURA


Excelentíssimas autoridades, minhas senhoras e meus senhores aqui reunidos no Centro Cultural do Mindelo.

Hoje a cidade do Mindelo ressoará nos ouvidos das pessoas, nos localizaram no mapa e seremos notícia, ao menos por umas horas. Talvez agora não estejamos conscientes da luta que estamos retomando, a da igualdade de todos e todas e que hoje dia 24 de junho de 2013 entrará na história não só do Mindelo e Cabo Verde, máis sim e sobre todo, na historia do ativismo LGBT africano.


Durante os três anos de funcionamento da Associação Gay Caboverdiana, muitos tem sido os nossos sonhos, onde começam a aparecer as que albergam estas paredes do Centro Cultural da nossa cidade. Rostos de nôs mesmos, pessoas com nome próprio: Anita, Christian (Kikí), Steffy, Belísima….Somos mindelenses, caboverdianos y africanos. Lésbicas, Gays, Bissexuais y Transsexuais, com os mesmos direitos y deveres na nossa sociedade.


A partir de hoje formamos parte, de uma maneira mais ativa de esta luta social em busca da igualdade legal e social que veem empreendendo companheiros ativistas de todos os países do mundo. A defensa dos Dereitos Humanos LGBT esta a procura que as políticas públicas do Estado em relação a Orientação Sexual e Identidade de Género  estejam de acordo com os Princípios de Yogyakarta y como parte do programa da cooperação internacional que tem diferentes agências mundiais para a salvaguarda dos Defensores dos Direitos Humanos LGBT.


Cabo Verde não pode seguir dormindo, nem têm que continuar beneficiando aos de sempre, somos nôs os que estamos aqui nos retratos de Juliette Brinkman, e os que ainda não podem dar a cara e visibilidade a sua Orientação Sexual e Identidade de Género, os que empreendemos uma primeira proposta para a realização de este sonho de igualdade.


O papel da imagem das mulheres diversas é importante no reconhecimento do seu corpo e alma e através do que foi colhido pela lente de Juliette entregamos a cidade do Mindelo nossa vontade de as ver reconhecidas pelo que são: mulheres!



Por último, queremos agradecer ao Centro Cultural do Mindelo por deixar-nos estar aqui, e a Fundação Triângulo pelo seu apoio técnico y financeiro, apesar de não termos recebido respostas nenhuma das empresas privadas de Cabo Verde nem da Câmara Municipal. A Juliette Birnkman por sua forca, sua arte, seu ânimo e sua vontade de colaborar a favor da igualdade. Y, sobre todo, a todos vocês porque estamos fazendo historia!

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